A importância da higiene do sono e o uso da melatonina.
O impacto do climatério no sono da mulher 40+ e o uso da melatonina.
Texto por: Caroll Martins
O distúrbio do sono é uma causa comum na mulher após os 40 anos com a chegada do climatério. Estima-se que cerca de 35% da população tenha problemas para adormecer, permanecer dormindo, acordar cedo ou não se sente revigorado após o sono. Em mulheres após os 40 anos é comum queixas como a interrupção do sono ou a dificuldade para dormir que podem ser causados por diversos fatores, dentre eles a proximidade com a menopausa. Uma noite de sono mal dormida representa cansaço e baixo rendimento no dia seguinte. A sucessão de noites em restrição de sono afeta negativamente a qualidade de vida e pode contribuir a longo prazo para doenças neurológicas como Alzheimer.
Após os 40 anos ocorre a redução de alguns hormônios na mulher como o estrogênio. O estrogênio desempenha um papel no metabolismo da norepinefrina, serotonina e neurotransmissores acetilcolina que, por sua vez, afeta o controle do sono. Essas alterações hormonais como a redução dos níveis de estrogênio podem alterar a continuidade do sono causando o despertar na madrugada seguido de insônia bem como os sintomas vasomotores como fogachos que também causam o despertar noturno.
Além disso, pessoas com obesidade podem sofrer de apneia do sono e ter uma baixa qualidade do sono. Outro ponto importante é o declínio da secreção de melatonina que ocorre fisiologicamente com a idade. A melatonina é um hormônio produzido pelo nosso corpo que desempenha um papel importante no ritmo circadiano, especialmente no início do sono e na manutenção do sono através do mecanismo de bloqueio do despertar.
A curto prazo uma noite mal dormida interfere diretamente no sistema endócrino. Na privação de sono há uma alteração fundamental nos hormônios que regulam a saciedade e como consequência há uma busca maior por alimentos que estimulam nosso centro do prazer e consequentemente há uma maior ingesta calórica já que geralmente são alimentos mais açucarados e com maior teor de gordura. Estudos mostram que uma noite mal dormida já pode representar um acréscimo de 385 kcal na ingesta do dia seguinte comparado a um dia com uma noite de sono regular. Dessa forma, distúrbios do sono podem contribuir para o ganho de peso.
O sono insuficiente causa desalinhamento circadiano. O sono fragmentado ou insuficiente também perturba o meio hormonal fazendo um estado catabólico, resultando em taxas reduzidas de síntese proteica do músculo esquelético aumentando as possibilidades de sarcopenia na mulher 40+.
É visto que o sono e a função circadiana representam fatores de risco modificáveis para o desenvolvimento de diversas patologias como sobrepeso, obesidade, sarcopênica e para a doença de Alzheimer.
Alguns estudos consideram ideal entre 7-9h de sono e para isso investir na higiene do sono é fundamental. Dormir é um ritual e depende do ambiente e da rotina. Deixe o ambiente com menos luz, menos som, faça tarefas que exigem menos atenção, procure relaxar e evite telas e bebidas alcoólicas próximo da hora de dormir. A suplementação de melatonina pode auxiliar a regular o sono tanto no início quanto durante a noite impactando em uma melhor qualidade de vida da mulher.
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